domingo, 27 de julho de 2008

O paradoxo do nosso momento!

"O paradoxo do nosso momento na História é termos prédios mais altos, mas paciência curta; rodovias mais largas, mas pontos de vista mais estreitos. Gastamos mais, mas possuímos menos; compramos mais, mas aproveitamos menos. Temos casas maiores e famílias menores, mais conveniências e menos tempo. Temos mais diplomas, mas menos razão; mais conhecimento, mas menos juízo; mais especialistas e ainda mais problemas, mais medicina, mas menos bem-estar. Bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critério, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais, e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos coisas maiores, mas não melhores. Dominamos o átomo,mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa Aprendemos a nos apressar e não a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos corpos deformados e das pílulas que fazem tudo, de animar a acalmar, de curar a matar. Uma era que te leva essa carta em instantes, e que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'. A escolha é sempre sua."

(autor desconhecido)

Este texto é muito interessante porque me faz pensar e muito se este é mesmo um paradoxo do nosso 'momento', ou de uma 'fase', como o autor mesmo começa o texto, ou se estamos sendo cada vez mais educados e 'programados' para viver dessa maneira... com status, beleza, IMAGEM e quase nada de sentimento, verdadeiros valores, ética, caráter... será que entraremos em colapso com nossos objetivos a ponto de não sabermos mais porque temos tais objetivos? não sei até que ponto vale a pena por exemplo viver longe da família, dos amigos, das pessoas que nos olham diferente na então "Passárgada" de cada um de nós em busca de reconhecimentos por placas para expormos na estante da sala...
por que estamos com diferentes valores dos nossos pais, avós, bisavós..??? meu avô comprou o primeiro carro há anos e como ele ainda funciona, está na garagem...
o crescimento das cidades, surgimento dos grandes centros teriam influência?.. por que qto maior a cidade é mais difícil se fazer amigos??? eu já disse antes - 'os prédios, quanto mais altos, falam mais alto que nós!' - Danilo d Freitas

2 comentários:

Anônimo disse...

Contrastes de um desenvolvimento assimétrico sem progresso.
Escala musical de uma melodia pouco harmônica.
Uma prece violenta para um deus que, se um dia esteve aqui,comeu, bebeu, dançou e saiu sem pagar!

Anônimo disse...

é... "Era" estranha a que vivemos mesmo... e eu diria (mais radical que vc) a maioria dos seres humanos não têm mais objetivos... para chegar a essa conclusão pergunte por aí "quem é você?". As pessoas te olham como se você fosse um E.T. ou senão olham com dó achando que você é louco... A única resposta que vai obter é um silêncio. E, claro, a resposta pra essa reflexão a que eu estou fazendo: como ter objetivos e sonhos maiores se as pessoas nem se conhecem?
É difícil... Pra ser educada e não dizer impossível!